Versos de Versos [Julho]
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Poesias são fragmentos da alma dos que as escrevem. Aceite o convite para conhecer alguns.
Acordei
A minha alma ainda era a mesma de ontem
O sol nasceu no horizonte e logo encobriria a cidade
Os pássaros cantavam sobre as árvores
E as pessoas saiam para trabalhar
Todos pareciam estar sem tempo
Para amar
A paisagem desta manhã,
Até o sol queimava a sua alma
E o meu corpo dourava de bronze
Os meus olhos como rios tocavam
Imagem mais longe
Como rios a face dos meus trinta anos
Mergulhava em meu coração humano,
Acordei essa manhã
E eu ainda tinha tempo para amar,
Os meus sonhos ainda tinham cores,
Os meus pés estavam firmes,
E as minhas mãos doces,
Eu era o mesmo homem
Que ainda sentia a eternidade
E os seus goles
Acordei essa manhã
Ainda tinha na lembrança
Os instantes em que grandes alegrias
E as mais insistentes dores
Fecharam a minha garganta
Acordei essa manhã um pouco triste
Lembrei dos trilhos em que a chuva
Como a mão de deus virou minhas pálpebras
Lembrei dos amigos que até hoje sinto falta
Dos que me deixaram na beira das estradas
Acordei essa manhã e o meu destino era vago
Voltei às músicas que me tocaram
E as coisas que aprendi e não me ocuparam
Enfim, voltei aos meus primeiros versos
Descobri que de tudo que vivi apenas o amor
Continua sendo algo importante para mim
Que com o amor a vida é completa
Uma realidade mais que concreta
Para queimar meus dias
A grande descoberta dos meus trinta anos
É o sentimento de que te amo
Acordei essa manhã
Em alegria.
R.S. Jabis
Marília - SP
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H(Á-IN) TERROG(AÇÃO)?
Conjuga
Como julgas
Teu conjugar
Confere
Como feres
Conferirás
Assinas
Há sinas
Como assinarás
Dez mereces
Desmereces
O que merecerás
Aparte
A parte
Tu partirás
Realidade
Real idade
Realização
Realiza ação
Realizado estás
Jonnata Henrique
Beijo da Madre de Deus - PE
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* A MENINA BORBOLETA *
A vida é recheada de mistérios e magias carregados pelas pessoas. No mundo dessa magia existe uma cidade, nessa cidade existe uma casa e nessa casa tem um grande quintal com muitos canteiros de flores. Ali existe uma menina que brinca em seu mundo mágico como se fosse uma linda borboleta. Ela é a menina borboleta.
Ela corre saltando e imaginando estar num vôo livre e panorâmico. Num vôo oscilante e sinuoso de uma borboleta que vive feliz, correndo e voando, ela voa e corre entre as flores e eu olho com desejo de voar também, mas não sei voar, então eu corro.
De repente aquele canteiro ficou colorido com muitas borboletas, ela não voa sozinha, em seu mundo mágico, ela tem muitas amigas borboletas que voam com ela só para sentir o prazer da sua companhia e entre tantas borboletas é fácil vê-la com suas cores fortes.
Voa menina borboleta! Voa nesse mundo mágico e colorido. A menina corre voando e pensando que é uma borboleta. A borboleta voa leve planada no vento esquecendo a menina que voa também... Voa menina! Voa borboleta! Voa menina borboleta, mas voa feliz.
Eu corro e não a alcanço, mas vejo ela voar rápido e pousar no meio das flores. De longe fico confuso, não sei se vejo uma menina ou uma borboleta, parada, pousada no meio das flores. Ela fica parada, abre as asas, fecha os braços, fecha as asas e abre os braços ameaçando voar. Como ela é linda com suas cores fortes! Ela fica observando as outras borboletas que voam no jardim da sua casa e imediatamente abre as asas coloridas para elas dando boas vindas, pois são amigas borboletas.
Ela levanta vôo, voa,voa,voa, pousa do meu lado e pergunta:
- Quem é você?
- Eu sou o Criador de vaga-lumes! Um mago da magia que trouxe esse sonho mágico para você!
- Agora voa! Voa menina borboleta! Voa com suas cores atraentes e belas para enfeitar, alegrar e dar vida a esse mundo mágico que eu criei para você. Voa!
Paulo Ribeiro de Alvarenga - Criador de Vaga-Lumes
Iluminando pensamentos
São Paulo - SP
Santo silêncio
Meu silêncio é sacrossanto.
Nada digo, nada canto.
Sou teoria insana, mundana;
a prática ansiosa de não me aquietar.
Delicada, sou como estrela do mar.
Sou essência de luz que brilha;
meu estado de graça me realiza.
Meu vazio é pleno, nota solta no ar.
(*)indriso
Cláudia Farias
São Gonçalo - RJ
MEU MESTRE
Foi assim
Eu te conheci
Suas poesias eu li
Você me encantou, impressionou, me cativou.
Sem querer entrei em seu mundo
E, ao voltar ao meu
Eu só vi você.
Em meu silêncio, só ouvi você.
Foi persuasão, envolvimento, prisão
Você virou meu código, senha, meu hábito, veneração, fascinação.
Você virou meu ritual, sacerdócio, devoção,
minha doutrina , crença, divindade, minha oração.
Serás sempre o meu docente.
Serei sempre a sua discente.
Assim como Jesus foi para seus discípulos,
Sócrates foi para Alcebíades,
Abelardo foi para Heloísa,
Assim você foi para mim.
Eu me curvo.
E, rendo-me a ti.
Virgínia Vasconcelos
Niterói - RJ
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A estratégia da vida
Das deliberações falseadas surgem degradáveis acontecimentos
Rupturas de sistemas já obsoletos, são necessários paradigmas
Capacidades asfixiadas, tentativas vãs dos mórbidos desalentos
São precisas estratégias das inteligentes mentes e novas insígnias.
Antigas mesas são modelo de conduta, caveiras dos antepassados
Das melhores estratégias de vida, acordos tentaram a conciliação
A estratégia, decisão, planificação e acção serem bem interpretados
Para que o Homem mantenha a coerência da sua própria preservação.
A perca foi sempre no fraco acto perante a magnitude da pensada decisão
Ou megalómana acção perante recursos que no futuro iriam ser utilizados
Deu-se o descalabro dos sistemas coesos com poucas bases de sustentação
Gastos excessivos, má politica, não primou pela coerência dos resultados.
A estratégia tem de partir do que à partida sabemos que resulta em sociedade
Sem interesses pessoais nos teatros estratégicos do momento social decisivo
Serão precisos vários anos de aprofundar dos erros estruturais de precaridade
Chegar à melhor estratégia de governo social sem o sistemático poder corrosivo.
Isabel Rodrigues
Lisboa - Portugal
Direitos reservados
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Portal Sinestesia
Parabéns por este espaço
O prazer sempre nos aquece
Romantismo com presença forte
Transmitindo com magia
Assim sempre será com a
Liberdade em qualquer lugar
Sempre se apresente a
Inspirações diversas
No sentir individual que
Encanta com prazer total
Sintonia do amor
Ternura e paixão
Encantos de loucuras
Sempre com gratidão
Inspirada nos momentos
Amando sem tormentos
Texto acróstico de José Adão Ribeiro
Santa Rita do Sapucaí - MG
Dedicado ao poeta e escritor Maurício Duarte
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CHOVE
Em silêncio ouço as gotas d'água, na janela
Lacrimejam os meus sonhos em quimera,
A chuva fria escorre entre os cabelos adormecidos
nas calçadas.
São lampejos de trovões que sussurram aos corações
embevecidos,
Na terra seca deságua em silêncio.
Intrínseca sensação convergente de solidão.
Sangra a noite.
Enquanto espera a aurora nascer,
O alvorecer da razão!
Ione Perez
Curitiba - PR