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Poesias são fragmentos da alma.

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Janeiro 2017

NO DIA DE INANNA

 

Como por magia surgiste 
(Saíste do carro familiar), 
E o que era um dia triste 
Virou sorte que não desiste 
De surgir em qualquer lugar…

 

O acaso tece e entretece 
Nos pleitos configurações, 
Que o peito quase merece 
O proveito das ocasiões: 
Essência nascida dum nada 
– Duma ínfima centelha só –, 
Estrela a indicar estrada 
Que nos coloca na peugada 
Da Grande Mãe, chamada avó. 
Da conceção também sabida 
Na realeza dos pergaminhos, 
Pela natureza da vida 
Que é mãe de tod’os destinos. 

Joaquim Maria Castanho
Portalegre - Portugal

SOLARIS

Brota das estrelas a essência da vida
O fogo do sol energiza o nosso viver
Nebulosas e neurônios nos florescem
Na mente do cosmos e na alma do ser

Genes, dnas, células, átomos, corações
Pulsam nas cosmovisões da antimatéria
Sereias, silfos, duendes, fatas morganas
Os signos dos sonhos e a luz da matéria

E vamos nós na luta de cada dia a dia
A querer um mundo mais equilibrado
Sem medo, sem guerras e violências
A fazer o bem, com o coração desarmado

 

Gustavo Dourado

Brasília - DF
 

MEU VIVO POMAR

Já disse rei Salomão que a mulher
é o maior prazer do filho do homem,
E como eu não ultrapasso limites
de um homem és tu meu maior prazer.

E mais de tudo não és apenas mulher 
és um pomar vivo, rico e confortável. 
Te vejo e sinto que não te mereço
Acho que te sou como um homem qualquer.

Mas mesmo assim te amo inteira
Porque da cabeça aos pés vejo frutas,
Vejo em ti banana, maracuja, uva, maça,
morango, és como pomar da primavera.

Vejo em ti limão que me obriga te amar 
ardentemente, outrosim te sinto estranha
te vejo elevada como ondas do mar e estranha 
como doçura do péssego no meu palatar.

Oh meu pomar que Deus plantou e me confiou
inaucurar e usufruir durante a vida inteira! 
Meu pomar, meu vinhedo, meu concerto na vida! 
A perfeita fruta que minha boca ainda não provou!

Abel Messias
Nampula - Moçambique

SOU POESIA
 
No âmbito da poesia 
Meu hábito é amar  as flores, a flora 
Estampar em papel o seu sorriso brando,
Florescer em cada lágrima que me devora 
Beijar as estrelas de quando em quando,
Esquecer a angústia no calor do seu abraço,
Deitar-me na areia assim levemente,
Encher de versos um coração de aço 
Que esmorrece carente metaforicamente.

Octaviano Joba
Quelimane - Moçambique

AQUELE POEMA


A atitude é que importa
Não! São as palavras
Contradições
Sugestões
Conselhos
Disputas
A Paz!
E fez-se Silêncio...
Um Silêncio Puro...
E Tranquilo

Um Silêncio de Paz

Lisete Larsen - Portugal

Poesia é a música da alma...

um poema não 
precisa de nome

um poema sem nome
é um poema sem dono

dono de si
abre-se em chafariz


Dinovaldo Gilioli
Florianópolis - SC

A morte é uma parte dessa vida

A dor é uma parte desse amor
O porto é uma parte da partida

O riso é uma parte do estupor

A morte é uma porta só da entrada

A noite é uma parte breu do dia

A morte é uma parte só da estrada

Saudade é uma parte do que havia

No grito alguma parte é canto mudo

O antes é uma parte do depois

Certeza é só uma parte do contudo

A dúvida é uma parte que se impôs

A parte é só uma parte do que é tudo

Nós dois apenas partes de nós dois

Mário Lago Filho

Rio de Janeiro - RJ

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