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LIVRO DO MÊS

Janeiro 2017

  "Conheci o autor, Maurício Duarte, através da Academia Virtual de Letras, e desde o início, constatei ser um escritor com uma noção perfeita do nosso tempo.

   Embora o nosso conhecimento seja apenas no campo virtual, existiu desde os primeiros contatos, uma empatia com tudo o que ele escrevia, por considerar que além da riqueza de linguagem, os seus poemas, crônicas e artigos, tinham uma essência de pureza humana.

  Neste livro, Maurício Duarte, traz-nos as suas percepções do mundo atual, mostra-nos através das suas vozes que calam, a frieza, a desumanização, até mesmo a indiferença da mídia, perante acontecimentos da nossa sociedade; mídia essa que nos apresenta casos e casos, sem que haja a preocupação de nos dar uma informação detalhada e isenta, até mesmo mais precisa, apenas se limitando a fazer uma apresentação rápida e muitas vezes tendenciosa; se repararmos, as notícias nos chegam em catadupa, sem que se demore para uma apreciação mais valorizada dos problemas.

  Limita-se a dar-nos informação, atrás de informação, muitas vezes de forma bombástica, para criar audiência, como por exemplo a televisão, no fundo mais com o intuito de criar audiência, sem estar muito preocupada com o âmago da questão, e muito menos para nos apresentar o assunto de uma forma que nos faça pensar, discutir, acabando por nos mostrar apenas e não informar cabalmente tudo o que deveria ser mostrado ou falado sobre o assunto."

 

  "Também, nós mesmos, com a vida apressada que vivemos, juntamente com as nossas prioridades, que muitas vezes e em muitos casos, estão demasiadamente vinculadas a esta sociedade consumista, não temos a consciência nem o cuidado de analisarmos os problemas do nosso mundo, que se nos deparam dia a dia, tais como violência, fome, guerras etc.... Penso também que existe em simultâneo muitos que o calam talvez por sentirem que as suas palavras não teria eco perante os outros membros da sociedade, muitos mais interessados em olhar para os seus próprios umbigos.

    Os silêncios criados à volta de tudo isto, no fundo são as vozes mais importantes, exatamente por serem as que no fundo contêm o cerne das questões.

    Os poemas contidos neste livro, são curtos, concisos e todos eles, nos transmitem exatamente essas vozes que calam; são poemas que não desnudam a consciência humana, a sua forma de agir e que podem por vezes ser incômodos, mas que nos abrem a mente e a consciência para todas as diversas realidades.

   Os temas abordados são variados, mas todos têm em comum o que muitas vezes não queremos ouvir, porque desassossega e desnuda realidades.  Realidades cósmicas, santas ou mundanas e miseráveis.

  Maurício Duarte, coloca em seus poemas, com uma sensibilidade tocante, e com uma arte poética incontestável, todas estas realidades, abrindo-nos a consciência para todas essas vozes que calam, Vozes que são as mais importantes e mais necessárias.

    Um livro muito interessante e com uma poesia que nos delicia pela beleza e intensidade.

 

Helena Fragoso

São Paulo, 23/11/2015

Vozes que Calam - Sementes líricas de Maurício Duarte

Editora: LiteraCidade

Contatos com o autor, através do e-mail: duarte.mauricioantonio.maurici@gmail.com

(*) A Revista Sinestesia não se responsabiliza pelas opiniões, ideias, conceitos e posicionamentos expressos nos textos publicados, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

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