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Al Margen

Nesta entrevista, vamos apresentar aos nossos leitores um ilustrador que, com sua arte, mostra a verdade do sistema e suas consequências sobre a sociedade. De uma forma muito inteligente, este artista, que vive em Quilmes, Buenos Aires, mostra o nosso dia a dia de uma maneira extremamente crítica e interessante. Logo após a entrevista em português, a mesma está disponibilizada em espanhol. Agradecemos à AL MARGEN (página no Face: @AlMargenPagina), pela disponibilidade em nos conceder esta entrevista, que nos inspirou, nos fez refletir e nos deixou extremamente honrados e felizes:

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1. ¿Su nombre artístico es Al Margen? ¿Cómo surgió ese nombre?

En realidad no es un nombre artístico porque no me considero un artista. Me considero un dibujante. Me acuerdo que en la escuela me aburría mucho y hacía dibujos en los márgenes de las hojas. A los profesores no les gustaba esto y me sacaban las hojas. Me decían que me tenía que concentrar en “lo importante” que eran las enseñanzas que ellos me daban. O sea que “lo importante” es lo que estaba dentro de la hoja y lo que estaba “al margen” no lo era. “Al Margen” me pareció un buen nombre y lo elegí para ponérselo a mis dibujos. Mucha gente cree que me llamo así. Y quedó como mi seudónimo.

2. ¿Su deseo de dibujar surgió desde niño o apareció después?

Todos dibujamos de niños. Incluso dibujamos antes de aprender a escribir. El dibujo es una de nuestras primeras formas de expresión. Después, con el tiempo, algunas personas dejan de dibujar y otros (como es mi caso) lo seguimos haciendo. 

3. Todos que observan su arte, quedan impresionados con la forma a través de la cual usted hace sus críticas al sistema a través de imágenes. ¿Cómo te inspira para producir tales artes?

No lo sé. Trato de mostrar lo que veo. Hay muchas cosas que no me gustan de este mundo y las represento en un dibujo. Y es verdad que la gran mayoría de los dibujos que hago son una crítica y son bastante negativos, pero es lo que me sale. Una vez me hicieron una observación al respecto: Me dijeron que era verdad que había muchas cosas malas en el mundo, pero que también había muchas cosas buenas. Y me preguntaron por qué solo dibujaba sobre las cosas malas. Y con ese comentario me di cuenta que el dibujo es como una terapia para mí. Nadie va a terapia si todo está bien. Se va a terapia cuando algo anda mal. Y yo dibujo cuando veo que algo anda mal. Si todo está bien, simplemente lo disfruto.

4. En promedio, cuánto tarda en hacer un dibujo?

Es difícil saberlo. Yo no me gano la vida con esto. Tengo un trabajo y sólo puedo dibujar en mis ratos libres. Y no soy muy profesional, hay días en que los dibujos me salen lo más parecido a lo que me había imaginado y hay otros en los que no me sale nada. Creo que influye mucho el estado de ánimo que tenga en el momento de dibujar.

5. Su trabajo está siendo tan divulgado que, por otra, encontramos los mismos en otros sitios, sin créditos, o sea, no colocan el nombre del autor. ¿Cómo manejas eso?

Es imposible de controlar. Yo solo tengo una cuenta en Facebook, pero me llegaron comentarios que están siendo compartidos en Instagram y Twitter. Mucha gente me aconseja que firme los dibujos o que les ponga marcas de agua. Pero no me gusta como quedan los dibujos firmados y mucho menos con marcas de agua. Lo que sí me molestaba mucho era cuando alguien copiaba mis dibujos y se los adjudicaban como propios. Incluso hubo gente que ni se molestó en copiarlos, subían mi dibujo y decían ser ellos los autores. Pero ya no le doy tanta importancia, me di cuenta de que gastaba energía en enojarme y no resolvía nada. Y no tengo tanto tiempo como para andar rastreando todo lo que sucede. Prefiero utilizar ese tiempo para dibujar. Además hay mucha gente que, al ver que me están robando un dibujo, me avisan. Eso lo agradezco mucho.

6. ¿Qué buscas pasar en tu arte para aquellos que se convierten en fans de tu trabajo?

No busco nada. Y mucho menos que alguien se convierta en fan. Un fanático sigue a algo ciegamente. Y yo creo que cualquier fanatismo nos hace mal a todos. Pero si me gusta mucho cuando la gente comenta los dibujos y hace su interpretación. Incluso cuando me critican. Me interesa mucho conocer los distintos puntos de vista. Hubo casos en que han hecho una interpretación completamente distinta a la que yo tenía. Incluso mejor. Eso para mí es genial, es como que le dan un nuevo significado al dibujo. El solo hecho que alguien se tome el tiempo de ver mi dibujo, de interpretarlo y comentarlo, para mí no tiene precio.

7. Usted ha hecho alguna exposición. Si es así, ¿dónde? Si no, ¿quieres hacerlo?

Sí, he participado en varias. Pero siempre fueron exposiciones colectivas, nunca de forma individual. Y la mayoría fueron en mi ciudad, Quilmes, en la provincia de Buenos Aires.

8. Su arte tiene un rasgo específico y muy peculiar. ¿Fue difícil llegar donde llegó?

Es que no creo que haya llegado a ningún lado. Y espero no llegar nunca. El día que piense “llegué a mi meta”, va a ser muy triste porque significa todo terminó y no voy a tener la necesidad de dibujar. Y yo necesito tener la necesidad de dibujar. Que siempre haya un dibujo más por hacer. Soy como el burro que persigue la zanahoria.

9. ¿Cuáles son sus planes / proyectos futuros?

Esta va a ser la respuesta más corta: Ser feliz.

10. Un mensaje para nuestros lectores, Al:

Esta va a ser la segunda respuesta más corta: Que sean felices.

 

 

Quilmes, Buenos Aires

Argentina

[20/07/2017]

1.  Seu nome artístico é Al Margen? Como surgiu esse nome?

Na verdade não é um nome artístico, porque eu não me considero um artista. Eu me considero um caricaturista. Lembro-me de que, na escola, eu ficava muito entendiado e fazia desenhos nas margens das folhas. Os professores não gostaram disso e arrancavam as folhas. Foi-me dito que eu tinha que me concentrar  "no que importa", que eram os ensinamentos que me deram. De modo que "o que é importante" é o que estava dentro da folha e o que estava "fora" não era. "Pensei em Al Margen"; era um bom nome, então escolhi colocá-lo nos meus desenhos. Muitas pessoas acreditam que é o meu nome, mas é meu pseudônimo. 

2.  Sua vontade de desenhar surgiu na infância ou depois?

Todas as crianças desenham. Nós já traçamos desenhos antes de aprender a escrever. O desenho é uma das nossas primeiras formas de expressão. Então, ao longo do tempo, algumas pessoas param de desenhar e outras (como é o meu caso) ainda o fazem.

3. Todos que observam sua arte ficam impressionados com a forma através da qual você critica o sistema através de imagens. Como você se inspira para produzi-la?

Não sei. Tento mostrar o que vejo. Há muitas coisas que não gosto deste mundo e as represento em um desenho. E é verdade que a grande maioria dos desenhos que faço são uma crítica e são bastante negativos, mas é o que eu recebo. Uma vez, observei isso: o que me foi dito era verdade; haviam muitas coisas ruins no mundo, mas também tinham muitas coisas boas. Me perguntaram porque só faço caricaturas sobre coisas ruins. Com esse comentário, percebi que o desenho é como uma terapia para mim. Ninguém vai à terapia se está tudo bem. Vai-se à terapia quando algo está errado. E eu desenho quando vejo que algo está errado. Se está tudo bem, eu apenas desfruto...

4. Em média, quanto tempo leva para fazer uma caricatura (ou desenho)?

É difícil dizer. Eu não faço a minha vida com isso. Tenho um trabalho e eu só posso desenhar no meu tempo livre. Não sou um profissional; há dias em que os desenhos vêm a mim mais como o que eu tinha imaginado e há outros que eu não recebo nada. Eu acho que me influencia fortemente o humor em que estou na hora de desenhar.

5. Seu trabalho está sendo tão divulgado que, vez ou outra, encontramos os mesmos em outros sites, sem créditos, ou seja, não colocam o nome do autor. Como você lida com isso?

É impossível controlar. Eu tenho só uma conta no Facebook, mas recebo comentários que estão sendo compartilhados no Instagram e Twitter. Muitas pessoas me aconselharam a assinar as imagens ou colocar marcas d'água. Mas eu não gosto de desenhos assinados e muito menos com marcas d'água. O que me incomoda muito é quando alguém copia meus desenhos e diz que são seus. Há até mesmo pessoas que não se preocupam em copiar, baixam o meu desenho e afirmam ser seus autores. Mas não dou muita importância, percebi que eu estava gastando energia em ficar com raiva e não resolveu nada. E eu não tenho muito tempo para rastrear tudo o que acontece. Eu prefiro usar esse tempo para desenhar. Além disso, há muitas pessoas que, vendo que estão roubando uma foto, me avisem. Eu aprecio muito isso.

6. O que você procura passar, através de sua arte, àqueles que tornam-se seus fãs?

Não procuro nada, muito menos que alguém se torne meu fã. Um fã segue algo cegamente. E eu acho que qualquer fanatismo nos faz totalmente mal. Mas eu gosto quando as pessoas comentam as imagens e fazem sua interpretação. Mesmo quando eu critico; estou muito interessado em saber os diferentes pontos de vista. Houve casos em que fizeram uma interpretação completamente diferente da que eu tinha, inclusive ainda melhor. Isso para mim é genial, é como dar um novo significado para o desenho. O simples fato de que alguém usa seu tempo para ver meu desenho, interpretar e comentar, para mim não tem preço.

7. Você já fez alguma exposição? Se sim, aonde? Se não, deseja fazer, um dia?

Sim, já participei de várias. Mas sempre foram exposições coletivas, nunca individuais. A maioria foi em minha cidade, Quilmes, em Buenos Aires.

8. Sua arte tem um traço específico, muito peculiar. Foi difícil chegar onde você chegou?

Eu não acho que tenha chegado em qualquer lugar. E eu nunca espero chegar. O dia em que eu pensar: "Alcancei meu objetivo," será muito triste, porque isso significa que tudo acabou e eu não vou ter a necessidade de desenhar. E eu preciso ter essa necessidade de desenhar, que há sempre um desenho a mais para fazer. Eu sou como o burro perseguindo a cenoura.

9. Quais são seus planos (ou projetos) para o futuro?

Esta será a resposta mais curta: ser feliz.

10. Uma mensagem para os nossos leitores, Al:

Esta será a segunda resposta mais curta: que sejam felizes!

 

 

Quilmes, Buenos Aires

Argentina

[20/07/2017]

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