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mARÇO 2017

TEMPO DE COLHEITA

 

Era tempo de espalhar pedras,

mas José plantou flores.

Violetas em seu jardim.

Elas nunca desabrocharam, no entanto,

eram cultivadas todos os dias.

Em tempos de canhões, José fez rima.

Com a noite, o açoite.

O canto da moça, que teve a luz

roubada em Ilhabela,

terra de Dona Rita.

Virou mera poesia.

Tudo isso, enquanto Deus não estava olhando.

Nos tempos da colheita, ele somente sorriu.

Sorrindo, dormiu.

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